admin – AS GRACAS https://www.asgracas.com.br Companhia Teatral Mon, 27 Aug 2018 15:36:02 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Marias da Luz https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/marias-da-luz/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/marias-da-luz/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:59:27 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3145

Sinopse

Quatro mulheres de tempos diferentes tocadas pelo abandono e pela solidão se encontram no Parque da Luz e buscam um novo começo para suas vidas.

O espetáculo Marias da Luz foi uma realização da Cia Teatral As Graças, mas atualmente a responsável pela venda e produção do mesmo é DaniIela Schitini

Release completo

Marivânia é mãe, uma mulher que procura a filha Maria, desaparecida no Parque da Luz há muitos anos; Mariana é uma mulher jovem dos anos 1910, que chega à Estação da Luz para encontrar o noivo que a abandona grávida; e Maria Pequena, uma mulher que trabalha como prostituta no parque, abandonada na infância pela mãe na antiga rodoviária e Marileide/Biguá, fotógrafa, uma personagem atemporal, enigmática e cômica que registra e interage com as histórias dessas mulheres.

O tradicional ônibus-palco, marca do projeto As Graças Circular Teatro-Do Parque da Luz para o Brasil, ajudará a contar a história, mas nesta montagem, dará lugar à Casa de Chá, ao Ponto do Bonde, ao Coreto e ao Roseiral, pontos que são o palco e que serão percorridos pelo público, acompanhado pelas atrizes, neste trajeto poético em que acontecem as cenas.

A escolha do nome ‘Marias da Luz’ deu-se pelo fato de grande parte das mulheres entrevistadas durante o recolhimento de depoimentos se chamarem Maria ou de terem alguém próximo e que faziam parte de suas histórias com o nome de Maria.

O espetáculo “Marias da Luz” foi contemplado com Prêmio CPT/2013 como “Melhor Espetáculo em Espaço Não Convencional”. Cumpriu temporada em São Paulo, circulou por 12 capitais brasileiras através do Programa Petrobrás Cultural. Através do PROAC, circulou por 10 cidades do estado de São Paulo, também participou dos seguintes festivais: FILO – Londrina; FIAC – Salvador; Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre – FITRUPA e Mostra Contemporânea de Teatro de Maringá.

Ficha técnica

Direção e Cenografia: André Carreira
Elenco: Eliana Bolanho, Juliana Gontijo, Daniela Schitini, Vera Abbud
Dramaturgia: Daniela Schitini e Nereu Afonso da Silva
Assistência de Direção: Nereu Afonso da Silva
Figurino: Claudia Schapira
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Daniel Maia
Consultoria de som: Miguel Caldas
Fotos: João Caldas
Programação Visual: Ieltxu Martinez Ortueta(Artefactos Bascos)
Pesquisa: Maria Socorro dos Santos
Preparação corporal/Pilates: Cecilia de Oliveira
Realização: As Graças
Duração 60 minutos
Classificação etária: Livre

Críticas do espetáculo

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Como Saber?! https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/como-saber/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/como-saber/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:58:35 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3130

Sinopse

A bordo de um ônibus-nave, vindos de um lugar desconhecido, viajantes procuram o lugar “ideal” para ficar. São forçados a parara a viagem por conta de um acidente e a experimentar viver neste lugar diferente.

Como Saber?! estreou em setembro/2009, e foi produzido através do edital Proac montagem de espetáculo inédito.

Release

Em “Como Saber?!”, As Graças propõe um espetáculo para o seu ônibus-teatro com criação e direção de Leris Colombaioni. Utilizando a linguagem do palhaço, elementos cômicos clássicos e muita música, o espetáculo busca possibilidade de intervenção no espaço público. Busca ainda brincar com o extraordinário e revelar a poesia e o encanto do ordinário através desse personagem múltiplo que é o palhaço.

Ficha técnica

Criação e direção: Leris Colombaioni
Direção musical e trilha:Nina Blauth
Atrizes: Daniela Schitini, Eliana Bolanho, Juliana Gontijo e Vera Abbud
Atriz convidada: Claudia Zucheratto
Figurino: Adriana Chung
Adereços: Davi Tayu e SandroFontes
Produção: Dora Leão
Realização: As Graças

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Endecha das Três Irmãs https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/endecha-das-tres-irmas/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/endecha-das-tres-irmas/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:56:44 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3131

Release completo

O espetáculo tem como matéria-prima as impressões produzidas pela leitura da obra poética e da prosa de Adélia Prado; Um olhar sutil, religioso, sensual e apaixonado. A idéia é retratar mulheres em sua íntima ingenuidade, num momento em que confundem harmoniosamente a paixão, fator de desvario, com a religiosidade. O limite entre o sagrado e o profano é rompido. A inteireza da paixão se revela. O desvario encontra Deus.

Endecha das Três Irmãs foi contemplado pelo prêmio: Jornada Sesc de Teatro/1995 “A Paixão no Teatro”. Estreou no Sesc Consolação em SETEMBRO/1995, e cumpriu temporada a partir JANEIRO/1996 no Centro Cultural São Paulo, foi apresentado também em diversas Casas de Cultura da cidade de SP.

Em 2010, celebrando 15 anos do grupo, o espetáculo “Endecha das três irmãs” foi remontado para participar da Mostra As Graças: Memória e Identidade, e cumpriu temporada no Centro Cultural São Paulo. Essa mostra surgiu da necessidade de vivenciar novamente o caminho que o grupo construiu em todos esses anos de trabalho conjunto. Como Endecha foi o primeiro espetáculo do grupo, foi muito importante revisitar esse trabalho, celebrar o início desse encontro. Para essa nova montagem, outros artistas e criadores foram convidados.

Ficha técnica original 1995

Poesia e prosa: Adélia Prado
Texto e Direção: Vânia Terra
Atrizes: Eliana Bolanho, Daniela Schitini e Juliana Gontijo
Atrizes convidadas: Élida Marques, Flávia Ferraz, Janaína Sant’Anna e Paula Cosenza
Participação especial: Léo Santini, Lázara Seugling, Leonora Valente e Cida Sampaio
Cenário Davi Tayu
Assistente de cenografia: Silvana Marcondes
Figurino: Carolina Li e As Graças
Assistente de .direção e preparação corporal: Eliana de Santana
Programação visual: Luiz Maia
Realização: As Graças e Vânia Terra

Ficha Técnica Remontagem 2010

Poesia e prosa: Adélia Prado
Texto e direção: Vânia Terra
Atrizes: Eliana Bolanho, Daniela Schitini e Juliana Gontijo
Atrizes convidadas: Lilian Blanc e Marilia Adamy
Desenho de luz: Miló Martins
Trilha sonora composta: Ricardo Monteiro
Direção musical: Nina Blauth
Coreografia: Fábio Villardis
Figurinos: Karla Passos e Lígia Passos
Cenário : As Graças e Vânia Terra
Operação de luz: Sylvie Laila
Operação de som: Janice Rodrigues
Realização: As Graças e Vânia Terra
Duração: 80 min
Indicação: Livre

Crítica do espetáculo

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Itinerário da Pasárgada https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/itinerario-da-pasargada/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/itinerario-da-pasargada/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:54:53 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3132

Release

Itinerário de Pasárgada é uma tragicomédia musical baseada na poesia e prosa de Manuel Bandeira. O espetáculo conta a viagem de Bandeira desde a espera da morte, passando pela infância, a doença, a liberdade poética do Modernismo, até o encontro entre o menino e o poeta. Drama, humor, dança e música misturam-se numa ficção inspirada nos poemas Consoada, Estrela da Manhã, Pneumotórax, Vou-me embora pra Pasárgada, Andorinha, Trem de Ferro, Poética e muitos outros. Este espetáculo estreou em abril de 1999, no projeto do SESC – Coração dos Outros – Saravá Mario de Andrade, quando circulou por 20 cidades do interior de São Paulo. Depois cumpriu temporada no Centro Cultural São Paulo e Teatro Cacilda Becker.

Ficha técnica

Texto: Manuel Bandeira
Direção, adaptação e iluminação: Regina Galdino
Direção musical e composição: Pedro Paulo Bogossian
Elenco: Daniela Schitini, Eliana Bolanho, Juliana Gontijo e Vera Abbud
Pesquisa: As Graças, Regina Galdino e Flávia Bolaffi
Cenografia e programação visual: Luiz Maia
Figurino: As Graças e Cláudia Shapira
Produção: As Graças

Críticas do espetáculo

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Noite de Reis https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/noite-de-reis/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/noite-de-reis/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:53:03 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3133

Sinopse

Noite de Reis é uma comédia repleta de intrigas e amores impossíveis que conta a história de uma náufraga que perde o seu irmão gêmeo e tem que sobreviver num país estranho. Para isso ela se faz passar por homem e conquista um cargo importante no palácio do duque, mas acaba se apaixonando por ele. A partir daí a confusão está formada: uma sucessão de enganos e armações onde os personagens não são o que parecem ser.

Noite de Reis é considerada por muitos como a melhor comédia de Shakespeare

Release completo

Noite de Reis é considerada por muitos como a melhor comédia de Shakespeare, pois nela o autor revela o homem com todas as suas fraquezas, extravagâncias e excessos. Todas as personagens se deixam transviar por suas fantasias e desejos. São ensandecidos, mas pulsam de vitalidade. Um texto que joga com as ilusões e fantasias de cada um, onde todos estão representando e se deixam enganar por um possível ideal, e que se recusa a ser levado a sério, e mesmo assim é também um poema sem fim. Poema que o espírito iluminado do palhaço, verdadeiro porta voz de Shakespeare, nos traz com charme e lucidez. Noite de Ris é um texto clássico, popular e atual que dialoga diretamente com este século de incertezas e aparências que estamos vivendo.

A escolha desse texto veio do desejo de montar uma peça clássica, com bons personagens femininos, com uma temática pertinente, atual e adequada à rua. Shakespeare é popular e sofisticado, debochado e poético, e apresentar um autor como ele para um público que muitas vezes não conhece teatro foi um grande e delicioso desafio. Pela primeira vez convidamos atores para as várias temporadas que fizemos no nosso ônibus teatro, e pela primeira vez também encaramos o desafio de tocar instrumentos ao vivo.

Noite de Reis estreou em novembro/2006. Foi criado, produzido e apresentado através do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de SP. Com Noite de Reis no nosso ônibus teatro, circulamos pelas diversas regiões de SP, em parques , ruas e praças da cidade. Participou também do Festival Internacional de Teatro de Recife, Inverno Cultural de São João Del Rey e Mostra Extrema de Teatro – MG.

Ficha técnica

Direção: Marco Antônio Rodrigues
Adaptação do texto: Daniela Schittini
Direção Musical: Lincoln Antônio
Assistência de Direção: Cacau Merz
Preparação corporal e coreografia: Joana Mattei
Preparação vocal e musical: Lincoln Antônio
Cenário e figurinos: Cássio Brasil
Assistência de cenários e figurinos: Michele Rolandi
Preparação corporal: Joana Mattei
Visagismo: Gil L’Arruda
Programação visual: Luiz Maia
Elenco: Daniela Schittini, Eliana Bolanho, Juliana Gontijo, Vera Abbud
Elenco convidado: Danilo Grangheia, Dagoberto Feliz, Fernando Paz, Daniel Infantini, Fábio Espósito e Helder Mariani
Realização: Cia As Graças
Duração: 90 min
Indicação: Livre

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Sonhos de Einstein https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/sonhos-de-einstein/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/sonhos-de-einstein/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:51:28 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3134

Release completo

O espetáculo preserva a qualidade poética do texto, onde Alan Lightman imagina os sonhos que Einstein, aos 26 anos, tinha quando trabalhava em um escritório suíço de patentes, antes de apresentar ao mundo sua teoria da relatividade.

Investindo no prazer de ouvir e acompanhar a lógica em seu esforço de desvendamento do universo, revelando a estrutura alterada dos comportamentos por conceitos que nos habituamos a tratar como fixos, o espetáculo é um exercício de perplexidade diante da imensidão de possibilidades que se abrem para nossas vidas com a relativização de tempo e espaço.

IMPORTANTE: O espetáculo Sonhos de Einstein foi uma realização da Cia Teatral As Graças, estreou em abril/1998, e cumpriu temporada no Centro Cultural SP. Atualmente a responsável pela venda e produção do mesmo é Daniela Schitini, fone 11 998476137

Ficha técnica

Texto: Alan Lightman
Direção e adaptação: Isabel Setti
Atrizes: Eliana Bolanho, Daniela Schitini, Juliana Gontijo e Vera Abbud
Figurinos e visagismo: Cláudia Shapira
Cenário: Luciana Bueno e As Graças
Iluminação: Wagner Freire e Kleber Montanheiro
Música : Alessandro Laroca
Preparação vocal: Plinio Campos
Violinista: Alício Amaral
Programação visual: Luiz Maia
Fotos: Fernando Giachetti, Lucas Gontijo e Penna Prearo

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Tem Francessa no Morro https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/tem-francessa-no-morro/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/tem-francessa-no-morro/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:48:43 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3129

Sinopse

Inspirado livremente na vida e na carreira das atrizes Dercy Gonçalves, Virgínia Lane, Mara Rúbia e Aracy Cortes, Tem Francesa no Morro tem início quando quatro vedetes se encontram no palco do teatro Recreio, grande templo das revistas brasileiras, na véspera da demolição daquela casa de espetáculos em que marcaram época. A partir desse encontro inicia-se uma volta no tempo. Combinando ficção a fatos verídicos, o espetáculo passa a trazer ao espectador um pouco da história da revista no Brasil e do universo de estrelas do passado, cuidando, assim, de oferecer ao espectador o retrato de uma época. Os números musicais trazem canções de alguns dos maiores compositores da música popular brasileira, como Noel Rosa, Lamartine Babo, Ary Barroso e Assis Valente, este, autor da música que dá título ao espetáculo.

Release

O espetáculo “tem Francesa no Morro” estreou em novembro/2001, no Projeto Mosaico Teatral, onde foi apresentado em diversas cidades do interior de SP. Em janeiro/2002 estreou no porão do Centro Cultural São Paulo, espaço para o qual o espetáculo fora concebido e onde ficou em temporada por três meses.
Em 2003, com o início do projeto Circular-Teatro, o espetáculo foi adaptado para ser apresentado no nosso palco sobre rodas, e circulou pelas diversas regiões da cidade de SP. “Tem Francesa no Morro” participou também, do Festival Janeiro Brasileiro da Comédia e Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto; POA Porto Alegre em Cena; Inverno Cultural de São João Del Rey: Semana Luiz Antonio Martinez – Araraquara e diversas unidades do Sesc São Paulo.

Ficha técnica

Espetáculo: TEM FRANCESA NO MORRO!
Roteiro, direção, cenografia e figurinos: Kleber Montanheiro
Direção musical: Mário Manga e Adilson Rodrigues
Arranjos: Mário Manga
Arranjos Vocais: Adílson Rodrigues
Direção de Movimento: Cris Belluomini
Visagismo: Gil L’Arruda
Assistência de direção: Cássio Pires
Fotos: João Caldas
Assistência de Cenografia: Antonio Ivaldo Melo e Renato Rebouças

Elenco: Daniela Schitini, Eliana Bolanho, Juliana Gontijo e Vera Abbud

Realização: Cia. Teatral As Graças e Cia da Revista

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Clarices https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/clarices/ https://www.asgracas.com.br/2018/07/11/clarices/#respond Wed, 11 Jul 2018 18:46:20 +0000 http://www.asgracas.com.br/?p=3135

Sinopse

Três velhas senhoras criam uma feira de histórias através de pequenos bonecos vindos da Bessarábia, um país que não existe mais. Como num conto de fadas, esses antigos bonecos e essas velhas senhoras, atravessaram o tempo e os mares para criar um lugar mágico, onde memórias esquecidas, objetos jogados no lixo, reis e princesas revelam uma Bessarábia imaginária, que todos temos dentro de nós.

Ganhador do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem - Categoria: Prêmio Especial pela Sensibilidade e Talento na restauração e manipulação de bonecos artesanais do século 19

Release completo

Era uma vez um país chamado Bessarábia. E era uma vez mesmo, porque esse país não existe mais. Há alguns anos atrás, passeando por uma feira de antiguidades, eu vi, como por encanto, escondidos no fundo de uma barraca, alguns bonecos muito antigos e perguntei pro vendedor: – De onde são? – Da Bessarábia, disse ele. – Bessarábia?! Nunca tinha ouvido falar. – É um país que não existe mais, falou o vendedor. Não tive dúvidas. Fiquei com todos. Bonecos que representavam reis, princesas, camponeses, capetas, que daqui há pouco devem aparecer por aqui pra infernizar um pouco a cena! Agora eu tinha um tesouro, que representava a história de um pais que não existia mais. Assim como as memórias que se perdem, as coisas que são abandonadas, descartadas. A Bessarabia deve existir na memória de seu povo espalhado pelo mundo e nesses bonecos que fizeram florescer dento de mim, memórias vividas e memórias inventadas. Essa é nossa homenagem a todas as memórias esquecidas. Essa é a nossa Bessarabia”.

Dezessete bonecos em uma pequena caixa de madeira, vindos da antiga República Soviética, a extinta Bessarábia, chegaram até uma barraquinha da feira de antiguidades da Praça Benedito Calixto, em São Paulo. Como num conto de fadas, de alguma forma esses pequenos bonecos atravessaram o tempo, datam do final do século XIX, por volta de 1850, os mares, o mundo e chegaram até São Paulo. Muito provavelmente, com as primeiras famílias judias que chegaram ao Bom Retiro na década de 1880, vindos da Bessarábia e da Lituânia. Ao encontrá-los em uma barraca de feira de uma praça em um sábado de 1997, nasce a vontade de fazer esse acontecimento mágico, virar uma peça de teatro e também de fazer com que esses pequenos bonecos, que provavelmente pertenciam a alguma companhia de teatro itinerante, voltassem à cena e continuassem cumprindo sua função de criar e contar histórias nas ruas, praças, escolas e teatros de todo o mundo.

Ficha técnica

Direção: David Taiyu
Dramaturgia: Juliana Gontijo e o grupo
Atrizes/manipuladoras: Eliana Bolanho e Juliana Gontijo Atriz/manipuladora convidada: Sylvie Layla ou Flávio Pires
Direção Musical: Flávio Pires
Figurino: David Taiyu
Costureira: Cleide Mezzacapa Hissa
Concepção de Luz: Sylvie Layla
Cenário: Flávio Pires
Adereços: Flávio Pires e Sueli Andrade
Programação Visual: Pedro Maia
Fotos: Giuliana Cerchiari
Administração: Eneida de Souza
Produção: Eliana Bolanho
Realização: As Graças
Indicação: Livre
Duração: 50min

O espetáculo foi indicado a três categorias do Prêmio de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem de 2014 e vencemos na Categoria Especial: Pela sensibilidade e talento na restauração e manipulação de bonecos artesanais do século XIX.
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Quem vem de longe https://www.asgracas.com.br/2018/05/21/quem-vem-de-longe/ https://www.asgracas.com.br/2018/05/21/quem-vem-de-longe/#respond Mon, 21 May 2018 18:16:00 +0000 http://asgracas.com.br/?p=2705

Sinopse

De um ônibus que chega no local de apresentação, saem três mulheres e uma musicista. Entram no espaço cênico carregando sapatos, um monte de sapatos. Nesse espaço, que pode ser desenvolvido em um parque, em uma praça pública, em um espaço de convivência, as três atrizes esboçam uma cartografia do deslocamento. Com os sapatos, criam um mapa indistinto, povoado por seres deslocados da terra natal, deslocados da sociedade atual. Os sapatos significam os migrantes, os imigrantes, os andarilhos, os errantes, as ausências, as permanências, as instabilidades, os caminhos. Seres em movimento – mais ou menos esquecidos, mais ou menos acolhidos – com seus rastros, fissuras e fronteiras.

Dentre essa distribuição cartográfica, essas figuras trabalharão textos e músicas que falarão dos temas atuais dos deslocamentos humanos e apontam para uma narrativa da reflexão. Refletem sobre o preconceito, sobre as categorias estanques e, sobretudo, sobre as respostas prontas.

Para tanto, pautaram o processo de quem vem de longe na experimentação de narrativas que, já em sua estrutura poética e multifacetada, evocam a também multifacetada trajetória de quem migra… ou de quem tenta migrar… para outra terra, para outra situação ou, simplesmente, para outro desejo.

“Quem vem de longe” estreou em 07/04/18 no CEU Butantã, circulou por todas as regiões da cidade de SP, cumpriu breve temporada no Parque da Luz e Sesc Belenzinho.

Release completo

Sabíamos que o projeto Quem vem de longe teria como ponto de partida a questão do fluxo migratório recente e seus ecos e elos com as diásporas de nosso mundo. Sabíamos também que ele seria concebido para a rua e para espaços teatrais não convencionais, na esteira da história do grupo.

Em processo colaborativo, passamos a investigar quais possibilidades teatrais seriam capazes de tratar responsavelmente tal tema em tais espaços.

Uma “escritura na sala de ensaio” passou a ser esboçada a partir do encontro das propostas da direção, dramaturgia e atuação. Uma escritura que também foi afetada pelo convívio prolongado da equipe de Quem vem de longe com imigrantes e solicitantes de refúgio de dois centros de acolhimento da cidade de São Paulo.

Aos poucos, desse processo despontou uma “narrativa da conversação”, da reflexão.

Refletiríamos sobre as distâncias, sobre as diferenças, sobre o que significa “nós” e sobre o que significa “os outros”. Refletiríamos sobre as categorias estanques e, suspeitando das respostas prontas, aguçaríamos nossas perguntas.

Como não se apropriar da angústia dos outros e fazer teatro?

Como não substituir a palavra da boca do outro pela palavra da nossa boca?

Tal narrativa seguiria os padrões de uma conversa em curso, repleta de hesitações, digressões, fragmentos e fecundas idas e vindas. Não se basearia, portanto, na representação de uma história linear apoiada exclusivamente na representação de personagens com motivações psicológicas bem constituídas. A representação pura e exclusiva parecia não se adequar à articulação teatral que a “conversa” sobre o tema sugeria.

Daí, uma teatralidade da “não-representação”.

Daí também a decisão de pautar Quem vem de longe na experimentação de linhas poéticas multifacetadas que, já em sua estrutura, evocassem a também multifacetada trajetória de quem migra, ou de quem tenta migrar para outra terra, para outra situação ou simplesmente para outro desejo.

Munidas de tal poética, As Graças passaram a evocar tramas, imaginar desfechos, experimentar paradoxos.

Passaram, sobretudo, a reavivar a crença de que o teatro é um campo onde conversas merecem florescer.

E talvez seja justamente nessa crença que reside a razão, o ponto de chegada, de Quem vem de longe.

Ficha técnica

Direção: Cristiane Paoli Quito
Dramaturgia: Nereu Afonso
Direção Musical: Gustavo Kurlat
Elenco: Eliana Bolanho, Juliana Gontijo e Vera Abbud (As Graças)
Assistente de Direção: Lúcia Kakazu
Musicista: Renata Mattar
Figurino: Claudia Shapira
Cenografia: Vera Abbud e Cristiane Paoli Quito
Produção: Eliana Bolanho
Assistente Produção: Paulo Ferrer
Administração: Eneida de Souza
Realização: As Graças
Duração do espetáculo: 45min
Indicação: Livre
Projeto Contemplado pela XXIX Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo

Crítica sobre o espetáculo

Dib Carneiro Neto

12 de maio às 12:52

Em todos os projetos em que elas se envolvem e levam adiante, o tom acaba virando o da delicadeza, da poesia e do afeto. O nome da cia. já diz muito, As Graças. São artistas sensíveis, feitas de ternura, que nos fisgam com um mero olhar, um sorriso, a voz doce. Isso, a doçura. Sempre, a doçura. Mesmo quando falam (e sempre falam) de temas muito sérios.
Como é o caso deste QUEM VEM DE LONGE, chegando ao seu último fim de semana desta temporada, no Sesc Belenzinho. Corra que é lindo. Acompanhadas do talento suave da musicista Renata Mattar (defendendo a incrível trilha composta pelo premiado Gustavo Kurlat), as atrizes Eliana Bolanho, Juliana Gontijo e Vera Abbud, doces até não mais poder, e contundentes como nunca, nos olham bem fundo e nos perguntam de onde viemos. Talvez seja a pergunta mais premente do mundo atual. A peça fala de fluxos migratórios, diásporas. Deslocamentos. A direção sempre competente de Cristiane Paoli Quito espertamente acentuou o tom de conversa, olho no olho, facilitada pela dramaturgia concisa e certeira de Nereu Afonso. Não dá pra perder. A família toda precisa vivenciar essa experiência poética de ser embalada pelas Graças. Falar de ‘pertencimento’ no mundo de hoje é urgente e fundamental. Hoje (sábado) e amanhã (domingo), às 17h, no Sesc Belenzinho. Vamos?

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O Voo https://www.asgracas.com.br/2018/05/21/o-voo/ https://www.asgracas.com.br/2018/05/21/o-voo/#respond Mon, 21 May 2018 18:15:13 +0000 http://asgracas.com.br/?p=2697

Sinopse

O Voo é um espetáculo de bonecos que conta a jornada de um aventureiro que sai em busca da realização de seu sonho. Inspirado na história real de Charles Lindbergh, o primeiro homem a atravessar de avião o oceano Atlântico, é uma homenagem a todos aqueles que fazem da imaginação uma realidade e tem coragem de concretizar seus sonhos.

Release completo

O Vôo é um espetáculo de bonecos que conta a jornada de um aventureiro que sai em busca da realização de um sonho.

Inspirado na história real de Charles Lindberg, o primeiro homem a atravessar de avião o Oceano Atlântico, o espetáculo é uma homenagem a todos aqueles que fazem da imaginação uma realidade e têm a coragem de concretizar o que imaginaram. O espetáculo fala de um homem que ousou atravessar o oceano em um pequeno avião em 1927. Que arriscou se atirar no desconhecido para realizar um ideal.

Os desafios que o aviador encontra, o nevoeiro, a tempestade, o sono, são metáforas de todos os medos e incertezas dos que se arriscam e se jogam no desconhecido por uma vida melhor.

O espetáculo pretende estimular o exercício do sonho e mostrar sua importância na definição de um caminho próprio. Mostra ao mesmo tempo os inevitáveis obstáculos encontrados por todos aqueles que cometem a ousadia de sonhar, de procurar novos horizontes, conhecer terras desconhecidas, que é uma das qualidades mais importantes e potencialmente revolucionárias do homem.

Teaser

Espetáculo completo

Crítica do espetáculo

Ficha técnica

Direção Geral: Cláudio Saltini
Consultoria: Eduardo Amos
Direção de atores: Regina Galdino
Texto: Cláudio Saltini, Regina Galdino e As Graças
Criação dos bonecos, cenografia e iluminação: Cláudio Saltini
Restauração dos bonecos e cenários: Onozone Estúdio
Trilha sonora e Músicas: Sérgio Zurawski
Atrizes/manipuladoras: Eliana Bolanho – Juliana Gontijo – Vera Abbud.
Ator/manipulador convidado: Fausto Franco
Técnico de luz e efeitos especiais: Rafael Araújo
Técnico de som: Flávio Pires
Técnicos de palco: Cecílio Bolanho e Paulo Pellegrini
Motorista do ônibus: Cecílio Bolanho
Produção : Eneida de Souza e As Graças
Administração: Eneida de Souza
Realização: As Graças

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